sexta-feira, 15 de outubro de 2010

FESTIVAL LIVRE - NA ETE LAURO GOMES (SBC)




ARTE: Grafiteiros ou artistas de rua sejam bem-vindos!!!
SOM: Abomination, Balaio, Dellaware, Demodês, Long Way, Marco Kinho, Murder, Novos Paulistas, Offsuited, Rec, Sexy Pato, Standby e mais...

Dia 22/10 - A partir das 10hrs

Onde? Atrás do Bloco 4, ETE Lauro Gomes
Av. Pereira Barreto, 400 - Centro - São Bernardo do Campo/SP
Próximo ao Shopping Metrópole, ao lado da Pista de Sk8

Carta resposta das entidades estudantis ao Manifesto dos Reitores das Universidades Federais

Carta aprovada no Seminário Nacional Unitário entra a ANEL e a Esquerda da UNE realizado nos dias 9,10 e 11 de outubro de 2010.


Educação – O Brasil no rumo certo?


No dia a dia das salas de aula, desde a educação básica até a pós-graduação, vivenciamos a realidade de um país no qual a educação está cada dia mais privatizada, precarizada e distante de produzir conhecimento voltado às necessidades do povo.

Essa situação é fruto de um projeto de país orientado por uma lógica de mercado em todos os aspectos da vida, e com a educação não seria diferente. Passamos por um período marcado pela implementação de uma série de medidas que visam ampliar e reformar a educação superior segundo uma adaptação do papel da educação para os países periféricos.

A luta contra esse modelo de educação se estende desde a década de 1990, tendo como principal exemplo a ocupação de 17 reitorias em 2007 contra decisões antidemocráticas e o projeto do REUNI, que expande as universidades com cursos mercadológicos, tecnicistas e sem financiamento adequado (o que inviabiliza ainda mais a manutenção do tripé ensino, pesquisa, extensão). Por outro lado, através do PROUNI, o governo promove a compra de vagas na educação privada, por meio de isenção de impostos, deixando de arrecadar investimentos que poderiam garantir esse acesso pela via pública. A Lei de Inovação Tecnológica reafirma a produção de conhecimento ainda mais a serviço do mercado. Associado a isso, o Sistema de Seleção Unificado (SISU), juntamente com o Novo ENEM, mantém a mesma lógica meritocrática do vestibular, além de não dar condições de permanência aos/às estudantes, elitizando ainda mais o acesso a educação superior. E, como um projeto de legitimação de toda essa política, é realizada uma avaliação (ENADE/SINAES) que não coloca a comunidade acadêmica como protagonista na construção de um projeto de avaliação para as universidades brasileiras.

Ademais, a quantidade de jovens entre 18 e 24 anos no Ensino Superior continua baixíssima (13%), sendo que destes apenas 1/5 é atendido pelo sistema público e a quantidade de analfabetos no país também continua grande, são 14,2 milhões de jovens com mais de 15 anos que não conseguem ler e escrever sequer um bilhete, segundo o IBGE.

Por isso, ao contrário do Manifesto de Reitores/as das Universidades Federais, nós, estudantes de universidades públicas e privadas de todo o país, afirmamos que o Brasil não está no rumo certo e que o discurso do investimento em educação resulta falso e demagógico ante sua participação doze vezes menor que a dos recursos destinados a serviço da divida pública no orçamento da união. Reafirmamos que só a luta estudantil organizada será capaz de promover as transformações que tanto são necessárias, como 10% do PIB para uma educação pública, 100% gratuita, de qualidade, socialmente referenciada e radicalmente democrática para todos/as.

Seminário Nacional Unitário entre a ANEL e a Esquerda da Une

Carta aprovada no Seminário Nacional Unitário entra a ANEL e a Esquerda da UNE realizado nos dias 9,10 e 11 de outubro de 2010.

CARTA DE UBERLÂNDIA

Entre os dias 9 e 11 de outubro de 2010, ocorreu o Seminário Nacional de Educação, na Universidade Federal de Uberlândia, reunindo cerca de 400 estudantes de todo o país para debater os rumos da universidade brasileira e organizar os/as lutadores/as em defesa da educação de qualidade, socialmente referenciada e 100% pública e gratuita. Esse Seminário foi construído por diversas entidades e coletivos do movimento estudantil durante todo o ano de 2010, partindo da necessidade de fortalecer o movimento estudantil combativo, democrático, independente de governos, partidos e reitorias, para resistir e avançar de forma conjunta frente aos ataques a educação pública.


Infelizmente, a educação não é uma prioridade em nosso país. Nossas universidades estão cada dia mais voltadas aos interesses do mercado. São problemas recorrentes a falta de professores/as efetivos, laboratórios, assistência estudantil e bibliotecas atualizadas. Além disso, vivenciamos uma estrutura física precária, o acesso à universidade pública é restrito e nas instituições privadas pagamos mensalidades abusivas. Essa situação é a expressão de anos de políticas que têm desmontado o serviço público: precarização e privatização da saúde, da previdência e da educação pública, decorrentes da falta de verba nesses setores. Isso demonstra como os sucessivos governos vêm retirando direitos sociais conquistados com muita luta ao longo da história. Essa realidade é consequência de políticas neoliberais protagonizadas pelos governos FHC e Lula.


O atual modelo de universidade reproduz as desigualdades e injustiças de nossa sociedade. As políticas educacionais vigentes, como a Lei de Inovação Tecnológica, o Ensino a Distância, o REUNI, o ENADE/SINAES, o PROUNI, o Novo ENEM/SISU e a disseminação das fundações privadas impõem que os currículos, as pesquisas e o conhecimento produzido sejam destinados aos interesses do mercado. A falta de financiamento do Estado para a educação pública (os cerca de 4% do PIB para a educação estão muito longe dos necessários 10%) e os incentivos fiscais aos grandes empresários da educação, através do PROUNI, demonstram que é a lógica da educação enquanto mercadoria que predomina. A expansão de vagas nas universidades públicas feita pelo REUNI ocorre sem recursos adequados, e só tem se dado à custa da quebra do tripé ensino, pesquisa, extensão e sem a infra-estrutura necessária – como já haviam alertado as ocupações e mobilizações dos estudantes em 2007. Em julho deste ano, Lula assinou o “Pacote da Autonomia” instituindo mais uma ofensiva à educação pública, um conjunto de medidas que se utiliza da justificativa de diminuição dos entraves institucionais para regularizar iniciativas privadas (e também parcerias público-privadas) que direcionam o tripé ensino, pesquisa e extensão para o atendimento de demandas do capital.


Inconformados/as com esse quadro, inúmeros/as estudantes, em todo o Brasil, têm se mobilizado por mais verbas para a educação, expansão com qualidade, redução de mensalidades, pelo direito de assistência estudantil e pelo compromisso da universidade com os reais problemas desse país. Porém, é prática recorrente dos reitores e governos criminalizar, perseguir e punir aqueles/as que se organizam por essas reivindicações, sufocando a democracia no interior das universidades, calando a voz de quem insiste em questionar o modelo de educação atual. Da mesma forma, o movimento docente, representado pelo ANDES-SN, vem sendo vítima de medidas que cerceiam a sua autonomia organizativa.


Desse modo, realizamos este Seminário para potencializar a militância estudantil, realizando três dias de debates e elaborações orientados pela construção de lutas por uma universidade radicalmente diferente, comprometida com a luta pelo o fim de todas as formas de opressões e exploração. Esse esforço passa, necessariamente, por mobilizar os estudantes em suas necessidades mais sentidas – como as salas de aula superlotadas, a falta de livros, as mensalidades abusivas, a ausência de permanência estudantil -, articulando sua luta imediata com as de outros movimentos sociais.


Queremos juntar as diversas experiências que temos nos Centros Acadêmicos, DCE’s, Executivas de Curso e outras entidades e fortalecer um movimento estudantil, articulado com os outros movimentos sociais, que combata o machismo, o racismo e a homofobia; construa a campanha de boicote ao ENADE; defenda a autonomia do ANDES-SN e articule intervenções unificadas nas Calouradas.


Acreditamos que juntos/as temos mais força para conquistar melhorias para a educação, acabar com a privatização da universidade e os cursos pagos, lutar pela qualidade no ensino e por uma expansão de qualidade!



Até a vitória!




Assinam este material:


ENTIDADES: ANEL, DCE-UFOP, DCE-UNAMA, DCE-UNIRIO, DCE-UFRJ, DCE-UFRRJ DCE-UFF, DCE-UFPR, DCE-UFSC, FEMEH


COLETIVOS e Movimentos: Barricadas, Contraponto, Construção, DialogAÇÃO, Domínio Público, Levante, Vamos à Luta, 21 de Junho, Viramundo, Mais Vale o Que Será, MUP-UFSC







CONFIRA OS ENCAMINHAMENTOS DO SEMINÁRIO:

Nota em defesa do ANDES

Manifesto contra criminalização do movimento estudantil na UFU

Manifesto do Seminário de Uberlândia

Manifesto “Educação: Brasil no rumo certo?”



AÇÕES UNITÁRIAS


1. Ato em defesa do ANDES dia 21/10 em Brasília (Responsáveis: ANEL, Col. Vamos à Luta, Contraponto);

2. Campanha de Boicote ao ENADE (Responsáveis: DCE UNICAMP, DCE UFC, DCE UFRJ);

3. Data: 20/11, Consciência Negra: 100 anos da Revolta da Chibata (Responsáveis: ANEL-Bahia, Col. Levante);

4. Data: 25/11, Dia de Luta contra a violência à mulher (Responsáveis: Dir. Mulheres da UNE, Barricadas, DCE-UFF);

5. Impulsionar calouradas com temas: “Funções da universidade” – mais verbas para a assistência estudantil – contra a criminalização dos movimentos sociais, redução das mensalidades (Responsáveis: DCE-UFF, DCE-UFRJ).

6. Construir reuniões locais para tocar as tarefas.

7. Construir um Plebiscito Nacional Popular com indicativo de data para o 2º semestre de 2011 (Responsáveis: DCE UFF, ANEL).

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Resoluções da Assembléia Geral - 30/09 - FSA

Os estudantes reunidos em Assembléia Geral, dia 30/09, decidem:


- Ato no Conselho Diretor! (segunda-feira, 04/10, no periodo da manhã) Barrar o aumento das mensalidades!


- Exigir da reitoria um dia de paralisação para que a FSA compareça na Audiência Pública na Câmara Municipal, que os estudantes irão marcar para daqui 15 dias, (apontado ontem em sessão de tribuna pública na câmara) em busca de verbas públicas para resgatar o caráter público da FSA para reduzir as mensalidades, rumo a volta da gratuidade!


- Festival de bandas pela Campanha pela Redução das Mensalidades / Reunião hoje às 19:30 para organizá-lo


- Reunião do Comitê de Mobilização às 21h no dia 04/10





E nós do Coletivo "A FSA que queremos" chamamos a formação de uma comissão para discutir a formação de um DCE (Diretório Central dos Estudantes - entidade que representaria os três prédios).



O Condir está marcado para o dia 04/10 às 8h, mas exigimos que se remarque para o mesmo dia, às 19:30h para que mais estudantes participem do ato.



A Câmara Municipal marcará uma Audiência Pública num prazo de 15 dias.





CONTINAR A LUTA PELA REDUÇÃO DAS MENSALIDADES E UMA FSA GRATUITA!